segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Wikileaks revela quase 400 mil documentos sobre a guerra do Iraque

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Wikileaks lança quase 400 mil documentos sobre a guerra do Iraque que revelam o dia-a-dia da guerra entre 1 de Janeiro de 2004 até 31 de Dezembro de 2009, onde a tortura era prática corrente e foi ignorada.
Contabilizando os documentos, o conflito causou 109.032 mortos naquele período, 60 por cento dos quais civis, ou seja, 66.081 pessoas, 31 pessoas por dia. Revela também que o Exército americano ignorou a prática diária de tortura sobre presos indefesos, houve mais de 1300 denúncias referentes às forças de segurança iraquianas, feitas por militares americanos aos superiores, mas não se conhecem punições por prática de tortura. Revela que foram mortos centenas de civis, durante a guerra, nos checkpoints do Exército americano. Os soldados disparavam primeiro e perguntavam depois. Matavam famílias inteiras, mulheres grávidas, crianças. Também surgiram novos casos até agora desconhecidos de assassinatos de civis praticados pela empresa privada de segurança Blackwater.
Os documentos revelam que houve numerosos casos de crimes de guerra que parecem manifestos por parte das forças americanas, como a morte deliberada de pessoas que tentavam render-se.
Revelam que houve soldados norte-americanos que chegaram a destruir bairros inteiros porque havia um atirador num telhado.
Algumas citações como: “o detido estava de olhos vendados”, “foi espancado com um objecto pesado”, “esmurrado na face e cabeça”, “foi usada electricidade nos seus pés e genitais”, “foi sodomizado com uma garrafa de água”. Noutros casos, a conclusão era mais simples: “A polícia iraquiana espancou o detido até à morte”. Apesar disso, as autoridades americanas fechavam os processos com o carimbo “não é necessária mais investigação”.


Video: Collateral murder, publicado pelo wikileaks em maio 2010

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