Tem sido noticia estes ultimos dias que vários destinos turísticos na Europa estão sob alto risco de possíveis atentados terroristas da malafamada Al-Qaeda. Os sucessivos comunicados não referem nenhum país em particular, mas Paris, Berlim e Londres parecem estar na linha de fogo.
O Reino Unido elevou de "ameaça geral" para "alta ameaça" o seu nível de alerta para turistas em França e na Alemanha. A ministra britânica do Interior, Theresa May, afirma que a Europa "enfrenta uma ameaça de terrorismo grave e real". O nível de alerta geral no Reino Unido foi actualizado para "grave" [severe] em Janeiro, e assim se tem mantido desde então.
Os serviços secretos do Ocidente revelam que existem células terroristas da Al-Qaeda por trás de um plano que pretende desencadear uma série de ataques em massa em várias cidades europeias, à semelhança dos que aconteceram em Mumbai, na Índia.
O Reino Unido elevou de "ameaça geral" para "alta ameaça" o seu nível de alerta para turistas em França e na Alemanha. A ministra britânica do Interior, Theresa May, afirma que a Europa "enfrenta uma ameaça de terrorismo grave e real". O nível de alerta geral no Reino Unido foi actualizado para "grave" [severe] em Janeiro, e assim se tem mantido desde então.
Os serviços secretos do Ocidente revelam que existem células terroristas da Al-Qaeda por trás de um plano que pretende desencadear uma série de ataques em massa em várias cidades europeias, à semelhança dos que aconteceram em Mumbai, na Índia.
Curioso estes repentinos impulsos mediáticos de terror eminente numa altura em que a Europa se encontra em estado mega-barril de pólvora com os austeros ajustamentos da politica orçamental, fiscal, redução de direitos, salários e o desmantelamento do Estado Social impostos (oficialmente) aos governos pelo BCE, OCDE, FMI, e Comissão Europeia. Tudo nobremente cantado em falsete na hora de ponta em erecta postura vertical pelo coro da nata de eleitos especialistas da sacrosanta economia que com raios e trovões impõe o reorientamento económico dentro da UE, uma fuga pseudo-redentora da crise. Mas o desafino torna-se por demais evidente por mais que seja a perfeição da dobragem sem legendas do conto. Continua a expropriação do pouco de democracia que existe e o desmantelamento do que resta de 150 anos de lutas sociais em prol da sobrevivência hegemónica da oligarquia do capital durante o derradeiro lento percurso cíclico do colapso do capitalismo.
Nestas duas semanas em que o consequente descontentamento pareceu despertar com mega-manifestações e greves em Bruxelas, Grécia, Itália, França, Alemanha, Irlanda, Espanha e (uma fraca expressão) em Portugal, na falta da eficiência pelo entretenimento de massas, a lógica da ameaça do medo e o despertar dos sentimentos discriminatórios irracionais nacionalistas (ex. repatriação dos ciganos na França) torna-se a estratégia mais eficaz na tentativa de moldagem de consciência colectiva para o adormecimento e resignação.
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