segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Alerta geral. Atentado terrorista iminente na Europa

Tem sido noticia estes ultimos dias que vários destinos turísticos na Europa estão sob alto risco de possíveis atentados terroristas da malafamada Al-Qaeda. Os sucessivos comunicados não referem nenhum país em particular, mas Paris, Berlim e Londres parecem estar na linha de fogo.
O Reino Unido elevou de "ameaça geral" para "alta ameaça" o seu nível de alerta para turistas em França e na Alemanha. A ministra britânica do Interior, Theresa May, afirma que a Europa "enfrenta uma ameaça de terrorismo grave e real". O nível de alerta geral no Reino Unido foi actualizado para "grave" [severe] em Janeiro, e assim se tem mantido desde então.
Os serviços secretos do Ocidente revelam que existem células terroristas da Al-Qaeda por trás de um plano que pretende desencadear uma série de ataques em massa em várias cidades europeias, à semelhança dos que aconteceram em Mumbai, na Índia.
Curioso estes repentinos impulsos mediáticos de terror eminente numa altura em que a Europa se encontra em estado mega-barril de pólvora com os austeros ajustamentos da politica orçamental, fiscal, redução de  direitos, salários e o desmantelamento do Estado Social impostos  (oficialmente) aos governos pelo BCE, OCDE, FMI, e Comissão Europeia. Tudo nobremente cantado em falsete na hora de ponta em erecta postura vertical  pelo coro da nata de eleitos especialistas da sacrosanta economia que  com raios e trovões impõe o reorientamento económico dentro da UE, uma fuga pseudo-redentora da crise. Mas o  desafino torna-se por demais evidente por mais que seja a perfeição da dobragem sem legendas do conto.  Continua a expropriação do pouco de democracia que existe e o desmantelamento do que resta de 150 anos de lutas sociais em prol da sobrevivência  hegemónica da oligarquia do capital durante o derradeiro lento percurso cíclico do colapso do capitalismo.
Nestas duas semanas em que o consequente descontentamento pareceu despertar com mega-manifestações e greves em Bruxelas, Grécia, Itália, França, Alemanha, Irlanda, Espanha e (uma fraca expressão) em Portugal, na falta da eficiência pelo entretenimento de massas, a lógica da ameaça do medo e o despertar dos sentimentos discriminatórios irracionais nacionalistas (ex. repatriação dos ciganos na França) torna-se a estratégia mais eficaz na tentativa de moldagem de consciência colectiva para o adormecimento e resignação.

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