segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Os oráculos da nação

A Administração da Portugal Telecom (liderada pelo tipo que ganha de vencimento anual 98 anos de salários médios da empresa) aprovou por unanimidade a distribuição de dividendo extraordinário aos accionistas ainda este ano, antes da entrada do novo regime fiscal, permitindo que estes fujam ao imposto de 29% que só entra em vigor em 2011 e ignorando um apelo do governo. São cerca de 70 milhões de euros de impostos, consequênca da da venda da participação da PT na Vivo brasileira à Telefónica espanhola, por 7,5 mil milhões de euros, a maior operação de sempre em Portugal, que trouxe à empresa mais-valias avultadíssimas e que não pagaram um cêntimo de impostos.
Os accionistas de referência da PT são o Banco Espírito Santo, a Ongoing, a Visabeira, a Controlinveste e a Caixa Geral de Depósitos. A CGD, que é estatal, votou a favor, e a justificação do governo foi que se atrasou um dia a dar indicação à caixa para chumbar a proposta.
São estes senhores empresários e economistas, que tão pouco fazem pelo País e dele tudo exigem, são ouvidos como oráculos da nação.
Até quando vamos deixar andar estes espertalhões?

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